sexta-feira, 8 de abril de 2011

Confesso, eu sou um FOODIE!

O termo Foodie foi criado por Paul Levy em 1981 no título do seu livro The Official Foodie Handbook e descreve, informalmente, um grupo de apreciadores por comida e bebida.


Os Foodies são amadores que simplesmente amam comer, estudar sobre culinária, preparação de pratos e novidades. São os que gostam de comida e tudo relacionado ao assunto, ou que gostam de cozinhar, ou que têm amigos que os chamam de "chef", ou que gostam de assistir a programas de culinária na TV, que compram todos os livros possíveis de culinária, gastam boa parte do salário em restaurantes, acreditam em sustentabilidade alimentícia, exemplo: morangos são frutas de inverno, comprar no verão é um erro. 


Um bom foodie viaja para lugares e experimenta o máximo da "comida local", além de estar antenado nas tendências: "local markets", chocolate de origem, leite orgânico, queijo da serra da estrela, cafés de terroir, confort food, sustentabilidade e origem entre milhares.


Ser um foodie não é ser gourmet. Gourmet é aquele que só vai a lugares "refinados" e que buscam apenas o melhor, sempre.


Referencias dos foodies:
Balada ou restaurante? RESTAURANTE
Futebol ou Jamie Oliver? JAMIE
Sala de estar ou cozinha? COZINHA
Roupa ou um faqueiro novo? FAQUEIRO
...


Ser um foodie requer um gasto enorme, pois, o mundo de possibilidades é gigantesco.


Valeu.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Eu quero ter uma casa.

 Estou num momento de "criatividade zero", logo vou postar um texto que define pra mim o que é paixão pelo um ofício. Sempre que estou em dúvida do que eu quero para o meu futuro, volto e releio.
 O texto é de uma das melhores cozinheira do Brasil, Roberta Sudbrack.

http://robertasudbrack.com.br/

"Eu nunca quis ter um restaurante…

30 de abril de 2010
A princípio o título de hoje pode chocar quem não estiver disposto a ler o resto do texto. Na vida também é assim, muitas vezes a primeira impressão é péssima e quando não há interesse mútuo na chamada segunda chance pode-se perder muito. Ou não. Depende de cada um. Depende do que cada um quer!

Eu realmente nunca quis ter um restaurante, eu sempre quis ter uma casa. Casa é o lugar pra onde a gente sempre quer ir. É lá que a gente pode usar camiseta velha e furada. Eu sempre me pergunto cada vez que visto uma: será tem algo melhor na vida? Em casa a comidinha está sempre em cima do fogão. É verdade que na minha época de escola, a minha avó, cuidadosa que só, deixava o meu prato todo arrumadinho dentro do forno morno. Certamente hoje em dia diriam os moderninhos se tratar de uma espécie de câmara de ar quente! Mas era só afeto.
Casa é afeto. Casa é conforto, mas conforto lá tem a ver com excesso? Conforto tem a ver com bem estar. Bem estar tem a ver com cuidado. E cuidado tem a ver com afeto. Logo, tudo começa e termina no afeto.

Afeto desde a escolha dos ingredientes que serão servidos. Até a  definição da forma de servi-los. Nesse caso o afeto é extensivo aos próprios ingredientes, já que o respeito, pelo menos o verdadeiro, normalmente também é recheado de afeto. O afeto nas relações, no comprometimento da causa que cada um carrega com orgulho estampado no peito. O afeto do servir. Esse eu considero o mais importante de todos. Sempre digo para o meu pessoal: “Somos serviçais, entrar pela porta dos fundos e usar o banheiro da área de serviço tem que ser uma coisa natural para nós. Caso contrário, não conseguiremos servir com afeto.”

Outro dia escutei de alguns entendidos no assunto a seguinte definição sobre o que vem a ser um botequim: “Botequim é aquele lugar aonde as pessoas vão pra se sentir em casa.  É aquele lugar aonde o dono conhece as pessoas pelo nome e sabe do que elas gostam ou não gostam. Botequim é aquele lugar aonde o dono chega cedo e sai tarde, está sempre lá, sabe onde está sujo e precisa limpar e conhece as pessoas que trabalham com ele pela respiração.” Aí eu pensei: “Eu tenho um botequim!” Que bom, já que eu nunca quis ter um restaurante!


Até! "


Valeu!